A luta para salvar Safira

Emocionei-me muito a ver a grande reportágem de hoje na Sic.
A história de uma menina que foi salva pelo amor dos pais (e padrasto) que tiveram coragem de ir contra as opiniões médicas e encontrar outras opções.
Parabéns e o meu desejo de uma vida longa e muito feliz Safira!

Safira Iris Mateus Freitas fez 6 anos a 30 de Setembro.
Há muito que pedia aos pais que a levassem a brincar com os golfinhos.
Dois dias depois do aniversário, o sonho concretizou-se.
Safira é filha única de um casal desfeito há quatro anos: Gabriela e Gabriel. Gabriela voltou a casar e Safira passou a viver – em guarda conjunta – dividida entre a casa do pai e a casa da mãe.
Dois anos depois do divórcio dos pais, tinha Safira 4 anos, um tumor de Wilms, um tumor renal muito raro, toma posse do rim direito de Safira.
O diagnóstico impõe cirurgia imediata, mas o protocolo europeu que regula o tratamento do cancro em Portugal, determinou quatro sessões de quimioeterapia prévia. Os pais resistiram, mas o IPO não cedeu. O rim e o tumor foram removidos com sucesso em Agosto de 2010, depois de quatro sessões de quimioterapia.
Assim que o cancro foi detectado, a familia tomou a decisão de viver junta e um triângulo de segurança fechou-se à volta de Safira: pai, mãe e padrasto.
Depois da operação, este círculo restrito avisou o IPO de que Safira não se submeteria às 27 sessões de quimioterapia prescritas; os pais e o padrasto decidiram procurar uma via de tratamento alternativa. O IPO avisou a Comissão de Protecção de Menores e a Comissão informou o Tribunal. Em três dias, a decisão estava tomada: os pais deveriam levá-la aos tratamentos, de outra forma Safira teria de ficar à guarda do Estado para que os mesmos – forçadamente – ocorressem.
Houve sentença. Mas nunca foi aplicada.
 Os pais, pressentindo-a, saíram de casa...


Adorei.


 

Comentários

  1. Também assisti à reportagem com o meu filho nos braços.
    Feliz aquela menina por ter os pais que tem corajosos e batalhadores e com uma mente muito mais além... espero que a vida da Safira seja duradoura e cheia de paz como ela pedia no Hospital..algo que me atormentou bastante uma criança com aquela idade a pedir PAZ...

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  2. Eu senti uma necessidade gigante de abraçar o meu filho e pedir a Deus que nunca o faça passar por algo parecido.
    Ela pedir paz também caiu em mim como uma bomba, é tão triste e profundo que nenhuma criança deveria sentir essa necessidade.
    Tive "medo" daqueles médicos donos da verdade e sem um pingo de humanidade e compaixão pelos pais, principlamente a médica que falou com um ar tão arrogante.
    Fiquei fã dos pais e padrasto, para mim são o significado pleno da palavra Familia! :)
    Beijinho

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  3. Eu também fiquei fã. Que lição para os "pequenos poderes" deste país- médicos, comissões de protecção e tribunais. Que coragem. Queria tanto dizer isto pessoalmente àquela família...

    p

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  4. P: na página da revista Visão podes deixar uma mensagem que será entregue a familia. Podem ser colocadas questões, eu limitei-me a dizer-lhe o quanto os admiro! :)

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  5. Eu acho que tiveram muita sorte (e dinheirinho claro) ao arriscarem tanto, por teimosia. Existem regras, que são para cumprir, concordem ou não. Quantas pessoas não gostaria de ser tratadas no IPO e não podem por terem a sua vaga ocupada por gente teimosa. o tratamento alternativo é bastante curioso e válido, mas para quem tem dinheiro para tal.

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  6. Olá Marco.Compreendo a sua opinião. Eles falaram do dinheiro, tiveram a sorte de ter um mecenas, uma pessoa com dinheiro que financiou o tratamento... eu não vejo como teimosia, sei que o IPO salva muitas vidas mas há muitas que infelizmente são ceifadas. No caso desta menina, os pais estavam certos, a verdade é que não há sinais da doença na criança e isso é uma grande, grande vitória!
    Penso que qualquer pai dava tudo para não ter que levar o filho a uma sessão de quimioterapia, acho que a decisão deles foi muito valida e mostrou-se de facto o melhor para a menina! Admiro a sua coragem e persistência :)

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  7. Sem duvida!
    Até o meu filho (10 anos) bloqueou em frente à televisão

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  8. Um tratamento baseado num protocolo europeu com 95% de eficácia e um completamente experimental? Eu sei muito bem o que escolheria para os meus filhos e para mim...

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  9. Pois...
    Parabéns a estes pais e padrasto. Merecem a minha admiração
    Um abraço

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  10. É importante sublinhar que a Safira foi sujeita a 4 sessões de quimioterapia, sucedidas de uma operação de extracção do tumor. Ou seja, efectivamente ela foi sujeita a tratamento médico.

    É também importante sublinhar que a única coisa que os pais evitaram foi que a Safira fosse sujeita a 27 sessões de quimioterapia que deveriam suceder a operação de extracção do tumor. Ou seja, quando pararam os tratamentos já o tumor tinha sido extraído, e as sessões de quimioterapia serviriam apenas para atacar qualquer eventual vestígio do tumor que tivesse permanecido após a operação.

    É também importante referir que os pais da Safira substituiram um tratamento médico normal e cientificamente comprovado (as 27 quimioterapias) por outro tratamento médico cientificamente comprovado, mas mais recente e actualmente sem estar institucionalizado. Ou seja, ao contrário do que muitos apregoam erradamente, não se trata da substituição de medicina por mézinhas de curandeiro e outras "medicinas alternativas".

    Por isso pensem bem antes de comentarem esta notícia, que essa diabolização sistemática da ciência em detrimento de bruxarias e outras mézinhas fraudulentas só tem uma única consequência: pôr a vida de gente fragilizada e vulnerável em risco.

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  11. Eu compreendi perfeitamente que estes pais não se fiaram em mezinhas e que fizeram uma pesquisa séria e cientifica, aliás foi exactamente isso que eu admirei neles, que conseguiram perceber no que é que acreditavam que seria melhor para a sua filha e o que pensavam que a iria destruir.
    Conseguiram encontrar uma alternativa válida e que aparentemente salvou a filha.
    Continuo a "tirar o chapéu" a esta familia e a desejar o melhor do mundo á Safira!

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