Será que comunica da melhor forma com os seus filhos?
Como todas as mães, amo profundamente os meus filhos e quero ser a melhor mãe que posso vir a ser.
Apesar de lhes querer dar liberdade para desenvolverem as suas personalidades em plenitude, é necessário impor regras e limites e nem sempre é fácil.
Por vezes caio no erro comum dos gritos, do falar mal ou desvalorizar a criança. No momento seguinte fico triste e arrependo-me das palavras proferidas, mas é impossível apagar momentos e as palavras ditas podem perdurar na cabeça da criança para sempre.
Ultimamente tenho reflectido muito sobre as minhas acções e principalmente sobre as minhas palavras, especialmente nos momentos negativos.
Onde é que está a minha atenção? O que é que as minhas palavras valorizam no dia a dia? Que lentes tenho usado para observar os meus filhos?
Ao reflectir sobre estas questões, cheguei à conclusão que muitas vezes costumo enfatizar exactamente o que não quero ver crescer e quanto mais atenção dou a comportamentos inadequados, mais os reforço.
Decidi relaxar e não chamar os miúdos de desarrumados, preguiçosos, teimosos ou outros adjectivos menos bonitos para rotular comportamentos. Acredito que as palavras têm poder, e se eu lhes chamo isto ou aquilo eles vão acreditar que são mesmo isso, e vão agir em conformidade...exactamente o comportamento oposto ao que eu queria!
Comecei a fazer o teste aqui em casa e até agora os resultados são mesmo muito positivos.
Se também quer mudar a sua atitude para gerar outro tipo de comportamentos, mais gentis e positivos nos seus filhos comece por perceber onde erra mais (eu por exemplo era nas chamadas de atenção constantes sobre a arrumação de casa).
Em vez de rotular, diga à criança como espera que ela aja. Por norma dizemos o que não queremos que faça e esperamos que conclua sozinha qual a melhor maneira de agir. Por exemplo em vez de -"és um desarrumado, tens sempre tudo espalhado" experimente usar algo como "e o que achas de arrumar o quarto? ias sentir-te muito melhor num espaço mais limpo e arrumado e eu ia ficar orgulhosa e feliz".
Devemos tentar falar pela positiva, incentivar, motivá-los a agirem melhor. Podemos expor as nossas expectativas, como dizendo -"eu adorava que a casa estivesse sempre toda arrumada, com cada coisa no seu lugar" e ouvir o que elas têm a dizer sobre o assunto, na maioria das vezes é possível encontrar um meio termo que faça todos felizes.
Uma das partes que considero mais importante nesta minha nova maneira de comunicar cá por casa é agradecer quando a criança colabora. Não vale a pena pensar "não fez mais que a obrigação", agradecer faz com que a criança perceba o comportamento que é adequado e também em como não é difícil seguir as regras e proporcionar alegria e bem estar em casa. Isto irá fazê-la sentir-se útil e importante na família e não há nada mais inspirador que isso!
Nisto da maternidade é mesmo preciso aprender a respirar, relativizar e a não confundir factos com opinião. Não arrumar o quarto é um facto, ser um desarrumado que não consegue ordenar nem organizar nada é opinião e não podemos dar-lhe muita importância, até porque ela é mutante assim como o humor das mães!
Vamos relaxar e tornar os nossos lares mais felizes? Eu por aqui já afinei a gargantinha para cantar o kumbaya!
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