10 razões para ter filhos
Adorei este texto da revista do correio da manhã!
5. A razão
revolucionária. Citando o sábio Tiago Cavaco
na luminosa canção “Faz Filhos”: nos nossos dias “constituir família é a
suprema rebeldia”. Ambos partilhamos a fé
neste verso: “Conquistas fabulosas através
das famílias numerosas.”
O resto das razões podem ser encontradas aqui. A ilustração, como sempre, é do José Carlos Fernandes.
Há dias, uma leitora,
farta de me ouvir resmungar, fez-me esta pergunta: se eu me queixo tanto dos
miúdos, se eles me dão cabo da cabeça e me tiram tanto tempo, por que raio
decidi eu tê-los, e ainda por cima logo quatro? E de repente, percebi que nunca
respondi cabalmente a esta importantíssima questão. Porquê?, de facto. Vai daí,
decidi alinhavar 10 razões para ter filhos, como penitência por estar sempre a
dar razões para não os ter.
1. A razão
ontológica. Ser ou não ser não é
para mim uma questão. Sófocles escreveu que o mais feliz dos seres era aquele
que nunca tinha nascido. Faulkner escreveu que entre a dor e o nada, escolhia a
dor. Eu voto em Faulkner. Mil vezes ser do que não ser. E nascer é fazer
ser.
2. A razão
estóica.
Há um lado olímpico em ter muitos filhos. Eles testam os nossos limites e são um
desafio permanente às nossas capacidades físicas e mentais. Não sou capaz de
saltar à vara nem de correr a maratona. Mas criar quatro putos dá uma abada a
tudo isso.
3. A razão
ulrichiana. Numa civilização
acolchoada, sem guerras nem catástrofes, o pessoal tende a amolecer e a
confundir chatices com tragédias. Ter muitos filhos sintoniza-nos com a máxima
do banqueiro Fernando Ulrich: “Ai aguenta, aguenta.” Que
remédio.
4. A razão
romântica. Quando se ama alguém, os
desejos do outro contam. Se a felicidade da minha mulher passa por ter uma
família grande e se a minha felicidade passa pela felicidade da minha mulher,
então a minha felicidade passa por ter uma família grande. Chama-se a isto
“propriedade transitiva”. É muito importante na matemática. E no
amor.
O resto das razões podem ser encontradas aqui. A ilustração, como sempre, é do José Carlos Fernandes.
Boa tarde
ResponderEliminarSó para dizer que o autor desse texto tem outros igualmente bons e pode acompanhá-lo neste blog: http://paisdequatro.clix.pt/
Peço desculpa pela invasão, mas talvez goste de saber
Obrigada Susana, adorei o blog!!
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