Férias com Recém-nascidos
Apesar de o meu filhote estar longe de ser recém-nascido, quando li este texto identifiquei-me imenso com ele e penso que será útil para outras mamãs que acabaram de ter os seus filhos. Na verdade sou muito descontraída nesse campo e o meu filho tinha apenas 3 meses quando pariu numa aventura de 3 semanas a bordo de uma auto-caravana a caminho de França.
Como é óbvio aconselhei-me com o pediatra e segui á risca todas as suas instruções e o resultado foi maravilhoso.
A melhor forma de garantir um clima de maior harmonia é a nova família mudar-se de armas e bagagens para longe de casa. «Ai que trabalheira, que horror, só de pensar em levar tudo atrás», dirão algumas mães menos aventureiras. Mas desenganem-se se pensam que em casa tudo fica mais fácil. E não tem de levar a casa às costas.
É evidente que para pensar em fazer férias com o recém-nascido têm de estar reunidas algumas condições prévias como: ser um bebé saudável, sem problemas ou riscos de saúde; a mãe não ter complicações pós-parto; já ter caído o coto do cordão umbilical, sabendo-se bem cicatrizado e sem risco de infecções. Em segundo lugar, há que jogar pelo seguro, sendo que antes do mês e meio as viagens de avião deverão estar absolutamente vedadas. Outra questão relevante é ter o contacto do médico assistente e/ou enfermeira(o). Esse contacto tem de ser mesmo acessível, sem culpas nem cerimónia, pelo que os enfermeiros ou as doulas se revelam, frequentemente, mais importantes, porque estão sempre disponíveis; medicamentos de emergência devem ir na mala, tal como paracetamol, cremes para picadas de insectos ou para reacções de pele, como eczemas; e, por último, devem escolher um destino calmo, onde o calor não seja intenso. Fora isto, e presumindo que o campismo se revela de todo pouco prático, qualquer casa/apartamento serve para a nova família passar uma semana ou 15 dias de descanso, ao ritmo do bebé, mas podendo dormir à vontade quando ele dorme.
A presença do companheiro fará maravilhas junto da mulher, que encarará qualquer contrariedade como isso mesmo: uma contrariedade. Ou mais um desafio a ultrapassar. O facto de a nova família estar de férias permite dividir o lado pesado da maternidade. A mãe dá de mamar, mas o pai pode pôr a arrotar, mudar a fralda, dar colo para sossegar, enquanto e a mãe pega logo no sono, vantagem acrescida para quem amamenta, porque a ocitocina libertada com a subida do leite mantém a disposição em alta e melhora imenso qualidade do sono materno.
CASA ÀS COSTAS?
As dúvidas sobre o que levar de férias com um bebé de tão tenra idade são amplamente respondidas pela enfermeira Cristina Flores, do Centro de Saúde da Ajuda, e que acompanha desde sempre mulheres no pré e pós-parto. Recém-distinguida com uma comenda pelo Presidente da República, no último 10 de Junho, para Cristina Flores o segredo está na organização, planificação e sistematização. A paciência, o bom senso e o sentido de humor é bom que entrem na bagagem, mas isso já depende de feitios e personalidades.
«Devemos pensar em ter tudo o que existe em casa, mas de forma simplificada. Por exemplo, quanto à roupa, o que sugiro é que se separem e organizem por mudas completas. Porque, quando o bebé bolsa, ou transborda a fralda, normalmente tem de se mudar tudo. Claro que pode preparar duas ou três mudas por dia e, de repente, precisar de cinco ou seis, mas isso são os imprevistos normais», lembra a enfermeira. Por falar em roupa, e apelando mais uma vez ao sentido prático, deve procurar um apartamento que tenha máquina de lavar roupa, ferro e tábua de engomar. As razões são óbvias. E se esse apartamento for limpo diariamente imagine a diferença de qualidade de vida que lhe permite.
Já só falta pensar na comida. Se, como se deseja, o bebé está em amamentação exclusiva, não precisa de pensar em esterilizações, biberões, leite de lata. Se é só para o casal, podem bem pensar em comer mais vezes fora, procurando horários mais calmos, com menos gente e sem fumo nem ares condicionados. Se a carteira não permite, eis uma excelente oportunidade para o homem se dedicar à culinária, enquanto a mulher dorme com o seu bebé. Afinal, a exaustão física é de quem pariu e dá de mamar.
«Então e o banho, como dou o banho?», perguntam muitas vezes a Cristina Flores mães ou grávidas, mesmo antes do parto. «Eu dou ideias: olhe, compre uma daquelas piscinas insufláveis pequenas, encha com uns dedos de água e no fim do banho é só despejar. No fim das férias tira o ar, arruma e já está». Tão simples, mas poucas pessoas se lembrariam sozinhas de tais pormenores. Como o da lista e saída – que todas as mães e pais que a enfermeira acompanha mantêm actualizada – e que consiste em tudo o que precisa ter na mala do bebé quando sai de casa. Uma das regras pode ser adaptada para as férias e diz respeito às fraldas descartáveis: no saco do bebé devem estar seis fraldas e mais meio pacote na bagageira. Não há aflição que surpreenda. Na lista de coisas a levar de férias Cristina aconselha ainda uma rede mosquiteira, que se revelará muito útil noutros registos (ver caixa).
BIQUÍNI E MASTITE
Estranha ligação? Pois é mais frequente do que se imagina. «Muitas mulheres conseguem dar um mergulho nestas férias tão cedo, deixando o bebé com o pai. E, sem se aperceberem, a escolha do biquíni pode provocar mastites. «Os aros de metal exercem pressão sobre os ductos mamários, impedindo a subida normal do leite», avisa Cristina, que já acorreu a mais do que uma vez a estas urgências. E uma mastite é, de facto, uma emergência. Por isso, nas férias com o recém-nascido deixe de lado o biquíni com aros de arame, que pode revelar-se traiçoeiro.
Como é óbvio aconselhei-me com o pediatra e segui á risca todas as suas instruções e o resultado foi maravilhoso.
Este texto da revista pais e filhos fornece algumas dicas para pais e filhos aventureiros como nós :)
Passar férias com um recém-nascido parece uma missão impossível. Mas, muitas vezes, é a melhor forma de fugir das visitas maçadoras
e da pressão de mães e sogras. O ritmo descontraído aproxima o casal, que assim fortalece, a dois, os laços com o bebé. Todos ficam a ganhar.
Depois do nascimento, mãe e filho querem descanso e tranquilidade. Em rigor, precisariam de sopas e descanso. «Os bebés não devem sair de casa antes do primeiro mês, a não ser para ir ao médico». Esta é uma afirmação frequente, sobretudo na cultura latina. E isso faz com que muitas mulheres vivam os primeiros meses de licença de maternidade como uma autêntica prisão, em vez de descontraírem e aliviarem as angústias normais dos ritmos que um recém-nascido imprime. O sono perdido, o choro que não se compreende, a solidão de horas e horas em que o bebé dorme e a mãe aproveita para lavar, passar roupa, cozinhar ou dar um jeito à casa. A exaustão física que um parto envolve, o turbilhão hormonal que se passa no corpo da mãe, tudo é um caldo explosivo que desvia a atenção da mãe do mais importante da sua vida e que é só o que quer fazer: adorar o seu bebé. Mexer-lhe, tocar-lhe, massajá-lo, brincar, cantar, dar de mamar e olhar, olhar, olhar. Sem limite de tempo.
e da pressão de mães e sogras. O ritmo descontraído aproxima o casal, que assim fortalece, a dois, os laços com o bebé. Todos ficam a ganhar.
Depois do nascimento, mãe e filho querem descanso e tranquilidade. Em rigor, precisariam de sopas e descanso. «Os bebés não devem sair de casa antes do primeiro mês, a não ser para ir ao médico». Esta é uma afirmação frequente, sobretudo na cultura latina. E isso faz com que muitas mulheres vivam os primeiros meses de licença de maternidade como uma autêntica prisão, em vez de descontraírem e aliviarem as angústias normais dos ritmos que um recém-nascido imprime. O sono perdido, o choro que não se compreende, a solidão de horas e horas em que o bebé dorme e a mãe aproveita para lavar, passar roupa, cozinhar ou dar um jeito à casa. A exaustão física que um parto envolve, o turbilhão hormonal que se passa no corpo da mãe, tudo é um caldo explosivo que desvia a atenção da mãe do mais importante da sua vida e que é só o que quer fazer: adorar o seu bebé. Mexer-lhe, tocar-lhe, massajá-lo, brincar, cantar, dar de mamar e olhar, olhar, olhar. Sem limite de tempo.
A melhor forma de garantir um clima de maior harmonia é a nova família mudar-se de armas e bagagens para longe de casa. «Ai que trabalheira, que horror, só de pensar em levar tudo atrás», dirão algumas mães menos aventureiras. Mas desenganem-se se pensam que em casa tudo fica mais fácil. E não tem de levar a casa às costas.
É evidente que para pensar em fazer férias com o recém-nascido têm de estar reunidas algumas condições prévias como: ser um bebé saudável, sem problemas ou riscos de saúde; a mãe não ter complicações pós-parto; já ter caído o coto do cordão umbilical, sabendo-se bem cicatrizado e sem risco de infecções. Em segundo lugar, há que jogar pelo seguro, sendo que antes do mês e meio as viagens de avião deverão estar absolutamente vedadas. Outra questão relevante é ter o contacto do médico assistente e/ou enfermeira(o). Esse contacto tem de ser mesmo acessível, sem culpas nem cerimónia, pelo que os enfermeiros ou as doulas se revelam, frequentemente, mais importantes, porque estão sempre disponíveis; medicamentos de emergência devem ir na mala, tal como paracetamol, cremes para picadas de insectos ou para reacções de pele, como eczemas; e, por último, devem escolher um destino calmo, onde o calor não seja intenso. Fora isto, e presumindo que o campismo se revela de todo pouco prático, qualquer casa/apartamento serve para a nova família passar uma semana ou 15 dias de descanso, ao ritmo do bebé, mas podendo dormir à vontade quando ele dorme.
A presença do companheiro fará maravilhas junto da mulher, que encarará qualquer contrariedade como isso mesmo: uma contrariedade. Ou mais um desafio a ultrapassar. O facto de a nova família estar de férias permite dividir o lado pesado da maternidade. A mãe dá de mamar, mas o pai pode pôr a arrotar, mudar a fralda, dar colo para sossegar, enquanto e a mãe pega logo no sono, vantagem acrescida para quem amamenta, porque a ocitocina libertada com a subida do leite mantém a disposição em alta e melhora imenso qualidade do sono materno.
CASA ÀS COSTAS?
As dúvidas sobre o que levar de férias com um bebé de tão tenra idade são amplamente respondidas pela enfermeira Cristina Flores, do Centro de Saúde da Ajuda, e que acompanha desde sempre mulheres no pré e pós-parto. Recém-distinguida com uma comenda pelo Presidente da República, no último 10 de Junho, para Cristina Flores o segredo está na organização, planificação e sistematização. A paciência, o bom senso e o sentido de humor é bom que entrem na bagagem, mas isso já depende de feitios e personalidades.
«Devemos pensar em ter tudo o que existe em casa, mas de forma simplificada. Por exemplo, quanto à roupa, o que sugiro é que se separem e organizem por mudas completas. Porque, quando o bebé bolsa, ou transborda a fralda, normalmente tem de se mudar tudo. Claro que pode preparar duas ou três mudas por dia e, de repente, precisar de cinco ou seis, mas isso são os imprevistos normais», lembra a enfermeira. Por falar em roupa, e apelando mais uma vez ao sentido prático, deve procurar um apartamento que tenha máquina de lavar roupa, ferro e tábua de engomar. As razões são óbvias. E se esse apartamento for limpo diariamente imagine a diferença de qualidade de vida que lhe permite.
Já só falta pensar na comida. Se, como se deseja, o bebé está em amamentação exclusiva, não precisa de pensar em esterilizações, biberões, leite de lata. Se é só para o casal, podem bem pensar em comer mais vezes fora, procurando horários mais calmos, com menos gente e sem fumo nem ares condicionados. Se a carteira não permite, eis uma excelente oportunidade para o homem se dedicar à culinária, enquanto a mulher dorme com o seu bebé. Afinal, a exaustão física é de quem pariu e dá de mamar.
«Então e o banho, como dou o banho?», perguntam muitas vezes a Cristina Flores mães ou grávidas, mesmo antes do parto. «Eu dou ideias: olhe, compre uma daquelas piscinas insufláveis pequenas, encha com uns dedos de água e no fim do banho é só despejar. No fim das férias tira o ar, arruma e já está». Tão simples, mas poucas pessoas se lembrariam sozinhas de tais pormenores. Como o da lista e saída – que todas as mães e pais que a enfermeira acompanha mantêm actualizada – e que consiste em tudo o que precisa ter na mala do bebé quando sai de casa. Uma das regras pode ser adaptada para as férias e diz respeito às fraldas descartáveis: no saco do bebé devem estar seis fraldas e mais meio pacote na bagageira. Não há aflição que surpreenda. Na lista de coisas a levar de férias Cristina aconselha ainda uma rede mosquiteira, que se revelará muito útil noutros registos (ver caixa).
BIQUÍNI E MASTITE
Estranha ligação? Pois é mais frequente do que se imagina. «Muitas mulheres conseguem dar um mergulho nestas férias tão cedo, deixando o bebé com o pai. E, sem se aperceberem, a escolha do biquíni pode provocar mastites. «Os aros de metal exercem pressão sobre os ductos mamários, impedindo a subida normal do leite», avisa Cristina, que já acorreu a mais do que uma vez a estas urgências. E uma mastite é, de facto, uma emergência. Por isso, nas férias com o recém-nascido deixe de lado o biquíni com aros de arame, que pode revelar-se traiçoeiro.
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